olho uma vela no seu auge
sinto a luz tremer de espanto
um vaso translúcido grita a luz que encerra
devagar a cera torna-se frágil, macia e morna
a pequena luz pede mais tempo
mais dois segundos para dançar
brilhante a sua eterna luz
fecho os estores
sopro suavemente a luz que
se debate na minha vontade
e resiste um segundo mais
agora só o aroma
agora só a memória
agora só um sopro
de um fôlego só