Mulheres em Chamas
domingo, novembro 23
  Ilhas de Bruma 1



era o Espírito Santo
único na devoção das gentes
crentes, devotos de amores
de joelhos e olhos fixos na imagem
que nos faz pensar em tantas dores

não vi um homem na ilha
não vi uma mulher à beira da falésia

vi gente como eu, ilhéus, filhos da bruma
sós na sua insularidade
companheiros das nossas solidões
irmãos de destino vulcânico
nesta jangada de pedra
que navega pelo oceano perdida
descendente da Atlântida esquecida

sonhos de magia e encantos de mitos
sabemos todos que não estamos nunca sós
porque conhecemos a palavra saudade
e saboreamo-la no chá da na Gorreana
onde as operárias passam os seus compridos dias
a aromatizar os sabores dourados da nossa vontade
 
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Uma mulher na corda da roupa sem rede, debitando sonhos, tretas e outras coisas sem interesse geral

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